domingo, 11 de novembro de 2012

Apostila referente ao 5º encontro de acompanhamento pedagógico


PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS
COORDENADORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ao 9º
NÚCLEO DE LINGUAGENS – NULING







Materiais referentes ao quinto
encontro do acompanhamento
pedagógico, individual,
em horário de PL
(2º semestre - duração: 2h, no máximo)


1.  Aula de redação (teoria e prática).
2.Como estruturar uma dissertação (teoria e prática).
3.Atividades (prática).

Cleide Pereira Gomes





Campo Grande/MS – 2012


PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS
COORDENADORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ao 9º
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O SUCESSO DE SUA CARREIRA DEPENDERÁ SOMENTE DE SEU ESFORÇO, E, QUE POR SINAL NÃO PRECISA SER ENORME. BONS ESTUDOS E MUITA ATENÇÃO! SUCESSO.
Marcia Esbrana

COERÊNCIA DISSERTATIVA
         Apresentamos argumentos, dados, opiniões, exemplos, a fim de defender uma determinada idéia ou questionar determinado assunto.
         A coerência é decorrente não só da adequação da conclusão ao que foi anteriormente apresentado, mas da própria concatenação das idéias apresentadas na argumentação.
         Na produção de textos dissertativos, muitas vezes discutimos assuntos polêmicos sobre os quais não há consenso. Em dissertações que discutem temas como a pena de morte e a legalização do aborto, estão presentes convicções de natureza ética e religiosa que variam de indivíduo para indivíduo. Portanto, qualquer que seja a tese que defendamos, sempre haverá pessoas que discordarão dela.

IMPORTANTE NA DISSERTAÇÃO (CONSTRUÇÃO DA REDAÇÃO DISSERTATIVA)
         Não é a tese em si, pois as pessoas têm opiniões diferentes sobre um mesmo tema, mas o que importa mesmo é a coerência textual, ou seja, a argumentação deve estar em conformidade com a tese e a conclusão deve ser uma decorrência lógica da argumentação.

CONSIDERAÇÕES GERAIS
         1. adequação: ao tema, ao tipo de texto, à modalidade padrão.
         2. coerência (conteúdo)
         3. coesão (organização da superfície linguística)

PROPOSTAS DE DISSERTAÇÕES
         “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Constituição da República Federativa do Brasil, art. 227


         “Oficialmente, o governo lança campanhas em defesa da criança, de caráter paliativo, chegando a reunir um enexplicável ministério mirim. Enquanto isso, crianças e adolescentes são torturados e assassinados, quando simplesmente não morrem de fome ou por doenças.”
(I.M.P.C. da Rocha, em carta publicada no Painel do Leitor, Folha de S. Paulo, 4 nov. 1990.)

         Você já analisou o discurso persuasivo em propagandas de TV e, provavelmente, debateu questões ideológicas ligadas a eles.
Escreva uma carta argumentativa para um jornal expondo suas idéias sobre a  ideologia veiculada em algum tipo desses programas (novela, enlatado, seriado).
         Discuta a seguinte afirmação: “Não há saída para nenhum de nós. A liberdade é ilusória; somos manipulados o tempo todo, nossos desejos são ditados pela propaganda e pelos veículos de comunicação de massa”. Redija um texto dissertativo sobre o assunto.
         Disserte sobre a seguinte afirmação: A água potável de nosso planeta faltará a quase todo mundo.

AS QUESTÕES DE 1 A 6 REFEREM-SE AO TEXTO A SEGUIR: LEIA-O

O acendedor de lampiões
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente.
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
Lima, Jorge de. Jorge de Lima: poesia. 3. ed. Rio de Janeiro, Agir, 1975.p.25 (Nossos Clássicos. 26).


  1. No plano da estrutura narrativa, o poema relata uma transformação de estado operada pelo acendedor de lampiões. Assim, temos:
A)  a transformação do acendedor propriamente dita.
B)   na passagem de um estado de privação da claridade para um estado em que o sujeito está de posse dela.
C)   na crença e na religião.
D)  o lampião acesso.
E)   a escuridão total vivida por todos.

  1. Há elementos no texto que comprovam que o acendedor de lampiões é manipulado?
A)  Sim, o ofício de acendedor.
B)   Não, o texto não comprova tal afirmação, apenas pressupõe.
C)    Sim, o acendedor de lampiões falha muito.
D)  Não, pois o acendedor de lampiões trabalha quando quer.
E)   Não, ele acende somente de sua casa.

  1. O texto nos permite afirmar que existe uma performance do acendedor de lampiões.
A)  Era seu ofício (infatigavelmente).
B)   Não era seu ofício.
C)   O pressuposto é evidente: ele não sabia acender os lampiões.
D)  O pressuposto é evidente: ele não podia executar tal tarefa.
E)   O acendedor estava triste.

  1. Ao relatar uma performance que o acendedor é capaz de executar, o texto faz referência a outra que ele não é capaz de realizar. No caso, essa performance que não realiza é:
A)  acender os lampiões da cidade toda.
B)   Acender os lampiões da rua da casa dele.
C)   Acender os lampiões de alguns bairros.
D)  Acender o lampião da sua própria habitação.
E)   Acender os lampiões das autoridades.


  1. O narrador deixa entrever que o acendedor de lampiões recebe uma sanção positiva pela performance que executa. Que sanção é essa?
A)  Reconhecimento, manifestado pela voz do narrador, de que em decorrência do ato de acender os lampiões a cidade ganha brilho e esplendor.
B)   O não reconhecimento, manifestado pela voz do narrador, de que em decorrência do ato de acender os lampiões a cidade não ganha brilho e esplendor.
C)   Reconhecimento, manifestado pela voz do próprio acendedor, de que em decorrência do ato de acender os lampiões a cidade ganha brilho e esplendor.
D)  O não reconhecimento, manifestado pela voz do acendedor, de que em decorrência do ato de acender os lampiões a cidade não ganha brilho e esplendor.
E)   O reconhecimento de um trabalho que é sua própria obrigação e sem nenhuma remuneração.


  1. O narrador deixa entrever que o acendedor de lampiões recebe uma sanção negativa pela performance que não consegue executar. Que sanção negativa é essa?
A)  Consiste no reconhecimento, também manifestado pela voz do narrador, de que não há tristeza e ironia no fato de o acendedor não conseguir dar brilho e esplendor à sua choupana.
B)   Consiste no reconhecimento, também manifestado pela voz do acendedor, de que não há tristeza e ironia no fato dele não conseguir dar brilho e esplendor à sua choupana.
C)   Consiste no reconhecimento, também manifestado pela voz do acendedor, de que não há tristeza e ironia no fato do narrador não conseguir dar brilho e esplendor à sua choupana.
D)  Consiste no reconhecimento, também manifestado pela voz do narrador, de que há tristeza e ironia no fato de o acendedor não conseguir dar brilho e esplendor à sua choupana.
E)   Não há sanção negativa para o acendedor no texto.

LEIA ATENTAMENTE O TEXTO SEGUINTE E RESPONDA ÀS QUESTÕES DE 7 A 10

O fogo, bem defronte do rancho festivo, alumiava o terreiro.
Lúcio pôs-se a observar a agonia da lenha verde que se estorcia, estalava de dor, estoirava em protestos secos e se finava, chiando, espumando de raiva vegetal.
Voavam faíscas como lágrimas de fogaréu. Divisavam-se os troncos queimados boiando no cinzeiro, como negros em farinhada. Flamejava o painel do aceiro – as árvores ígneas e, esplêndida, a macaíba com o leque de chamas.
O incêndio esfumava-se, escurecendo a noite. E, de quando em quando, a fumaça deitava para a casa fronteira, envolvendo-a num presságio de luto.
(Fragmento do romance A bagaceira, do paraibano José Américo de Almeida, publicado em 1928).

  1. (Fuvest-SP) Entre os tipos de discurso ou de composição, podem citar-se a descrição, a narração, a dissertação. Situe o trecho entre tais tipos de composição. Justifique a resposta.
  2. (Fuvest-SP) Transcreva uma passagem desse mesmo trecho que esteja em explícita oposição de significado a “rancho festivo”.
  3. (Fuvest-SP) Explique o papel especial que tem no texto o uso do seguinte conjunto de termos: agonia, dor, protestos, raiva, lágrimas.
  4. (Fuvest-SP) Transcreva uma passagem do texto em que a seqüência de verbos expressa uma gradação.

TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 11 A 14

         No meio da década de 20, quando o automóvel tinha feito sua aparição com força total, caminhar pelas grandes avenidas européias era sair para ser expulso da rua pelo tráfego. “Foi como se o mundo tivesse subitamente enlouquecido”, dizem as pessoas quando fazem referência a essa época. O homem sentia-se diretamente ameaçado e vulnerável. “Deixar nossa casa significava que uma vez cruzada a soleira da porta, nós estávamos em perigo e podíamos ser mortos pelos carros que passavam”. Chocadas e desorientadas, as pessoas comparavam a rua de então com a de sua juventude. “A rua nos pertencia: cantávamos nela, discutíamos nela, enquanto os cavalos e veículos passavam suavemente.” A rua era, portanto, pouco tempo antes, o espaço que acolhia os homens, que lhes permitia se moverem à vontade, em um ritmo que podia acolher tanto as discussões quanto a música; homens, animais e veículos coexistiam pacificamente em uma espécie de paraíso urbano. Acontece que esse idílio terminou, as ruas passaram a pertencer ao tráfego, e o homem sobreviveu a esse tipo de mudança. Depois de esquivar-se e lutar contra o tráfego, acabou identificando-se por inteiro com as forças que estavam pressionando. O homem da rua incorporou-se ao novo poder, tornando-se o homem no carro.
         A perspectiva desse novo homem no carro gerou uma nova concepção de rua, que passou a orientar os planejamentos urbanos daí por diante. “Numa rua verdadeiramente moderna” – diziam, então, os especialistas – “nada de pessoas, exceto as que operam as máquinas; nada de pedestres desprotegidos e desmotorizados para retardar o refluxo”.

  1. (PUC-SP) Assinale a alternativa correspondente ao tema em torno do qual se organiza o discurso apresentado.
a)    o paraíso urbano e a máquina
b)   o homem e o espaço urbano
c)    o tráfego no mundo moderno
d)   o homem antigo e o moderno
e)   a modernidade e o poder da máquina

  1. (PUC-SP) O texto defende a tese de que:
a)    o homem, quando pressionado, alia-se às forças adversas e incorpora-se ao seu poder.
b)   o homem, no passado, conheceu uma espécie de paraíso urbano, mas corrompeu-o e dele foi expulso.
c)    o mundo moderno só admite pessoas que sabem operar as máquinas com perícia.
d)   a utilização do espaço pelo homem depende de sua relação com o mundo.
e)   o homem, no mundo moderno, cedeu seu espaço à máquina; por esse motivo, dá mais importância a ela do que a si próprio.

  1. (PUC-SP) “O homem da rua incorporou-se ao novo poder, tornando-se o homem no carro.”
Essa afirmação foi utilizada, no texto, para demonstrar que:

a)    o homem tornou-se moderno quando trocou o andar a pé, na rua, pelo andar de automóvel nas grandes avenidas.
b)   o homem, aliando-se à máquina, descobriu um novo poder e deu novo ritmo a todos os seus atos.
c)    a integração perfeita do homem à rua antiga foi abandonada quando ele se identificou por inteiro com a máquina.
d)   o carro deu ao homem novas perspectivas de vida, gerando, inclusive, um tipo de urbanização que protege o pedestre.
e)   o homem mudou e, em decorrência disso, surgiu uma nova concepção de rua.

  1. (PUC-SP) Observando-se o tipo de composição do texto, conclui-se que ele é:
a)    dissertativo, com elementos narrativos e descritivos.
b)   narrativo, com elementos descritivos e dissertativos.
c)    descritivo, com exclusão de argumentos.
d)   narrativo, com exclusão de descrições.
e)   dissertativo, com exclusão de argumentos.

TEXTO PARA AS QUESTÕES 15 E 16.

Filosofia dos epitáfios
         Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas

  1. Do ponto de vista da composição, é correto afirmar que o capítulo “Filosofia dos epitáfios”:
a)    é predominantemente dissertativo, servindo os dados do enredo e do ambiente como fundo para a digressão.
b)   É predominantemente descritivo, com a suspensão do curso da história dando lugar à construção do cenário.
c)    Equilibra em harmonia narração e descrição, à medida que faz avançar a história e cria o cenário de sua ambientação;
d)   é predominantemente narrativo, visto que o narrador evoca os acontecimentos que marcaram sua saída.
e)   equilibra narração e dissertação, com o uso do discurso indireto para registrar as impressões que o ambiente provoca no narrador.

  1. “Saí, afastando-me...epitáfios.” Dando nova redação a essa frase, sem alterar as relações sintáticas e semânticas nela presentes, obtém-se:
a)    Quando me afastei dos grupos, fingi ler os epitáfios e então saí.
b)   Enquanto me afastava dos grupos e fingia ler os epitáfios e então saí.
c)    Fingi ler os epitáfios, afastei-me dos grupos e saí.
d)   Ao afastar-me dos grupos, fingi ler os epitáfios, antes de sair.
e)   Ao sair, fingia ler os epitáfios e afastei-me dos grupos.


  1. Proposta de dissertação 1
Você deverá ler com atenção os textos seguintes, que tratam do autoritarismo que permeia as relações cotidianas na sociedade brasileira.
Redija sua dissertação tendo como apoio as idéias neles contidas. Evite copiar os textos. Use-os apenas como sugestão.
Texto 1
         “Mais amor e menos confiança”, “Vê se te enxerga!”, “Você não conhece o seu lugar?”, “Veja se me respeita!”, “Será que você não tem vergonha na cara?”, “Mais respeito”, etc. As expressões podem realizar o mesmo ato expressivo e consciente que, na sociedade brasileira, parece fundamental para o estabelecimento (ou restabelecimento) da ordem e da hierarquia.
(DA MATA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Zahar, 1983. p.151)

   Texto 2
     Uma cena do nosso cotidiano
     Dois carros que circulavam em uma avenida movimentada batem. Inconformados, os dois motoristas descem dos carros e iniciam uma discussão:
Sujeito A – O senhor é um irresponsável, ultrapassando o meu carro dessa maneira!
Sujeito B – Quem é você pra me chamar de irresponsável?! Você sabe com quem está falando?
Sujeito A – Não faço a mínima...
Sujeito B – Pois saiba que sou sargento do Exército.
Sujeito A – Bem feito, eu não mandei o senhor não estudar. Eu, pro seu governo, sou engenheiro da Odebrecht.

Texto 3
O “Você sabe com quem está falando?” – e podemos dizer isso sem receio de cometer um curto-circuito sociológico – é um instrumento de uma sociedade onde as relações pessoais formam o núcleo daquilo que nós chamamos de “moralidade” (ou “esfera moral”), e tem um enorme peso no jogo vivo do sistema, sempre ocupando os espaços que as leis do Estado e da economia não penetram. A fórmula “Você sabe com quem está falando?” é, assim, uma função da dimensão hierarquizadora e da patronagem que permeia nossas relações diferenciais e permite, em conseqüência, o estabelecimento de elos personalizados em atividades basicamente impessoais.
(DA MATTA, Roberto, op.cit.)


1



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25






GABARITO
  1. B/B/A/D/A/D/Texto descritivo, valorização do adjetivo./“presságio de luto”./Os termos citados personificam, humanizam a lenha, os troncos queimando./Trata-se de uma prosopopéia, que confere maior dramaticidade à descrição do incêndio./“a agonia da lenha verde que se estorcia, estalava de dor, estoirava em protestos secos e se finava”./B/D/E/A/A/B/Pessoal.

“Se é praticando que se aprende a nadar,
Se é praticando que se aprende a trabalhar,
É praticando que se aprende a ler e a escrever.”
(Paulo Freire, in A importância do ato de ler)

“ler é mais importante do que estudar”
(Ziraldo e Cleide Pereira Gomes)

“... se a escola desenvolver o gosto e hábito pela leitura terá cumprido seu papel”.
(Carlos Cagliari, Ruben Alves e Cleide Pereira Gomes)

"O acesso livre à informação é um exercício de liberdade que se desdobra infinitamente. No conhecimento não há nada definitivo, nem o professor e nem os livros. Tudo está para ser reescrito, constantemente." ( MILANESI, Luís, in O que é Biblioteca. São Paulo: Brasiliense)

Objetivo da Língua Portuguesa: ler e produzir diferentes gêneros textuais - orais, escritos, verbais e não verbais, nas diversas situações sociocomunicativas - formais e informais.          (PCN/Referencial/Gestar II - sociointeracionista)

 

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NÚCLEO DE LINGUAGENS – NULING
Marcia Esbrana


COMO ESTRUTURAR UMA DISSERTAÇÃO
SEMPRE RESPEITANDO OS DIREITOS HUMANOS

A)  INTRODUÇÃO – Em que se apresenta a idéia ou ponto de vista que se pretende defender.
B)   DESENVOLVIMENTO OU ARGUMENTAÇÃO – desenvolve-se o ponto de vista em que se pretende convencer o seu leitor. Use a argumentação, se possível citações.
C)   CONCLUSÃ – fecha-se o texto com os seus argumentos e uma proposta de “solução” ou caminho para a sua defesa.


NÃO SE ESQUEÇA DE FAZER UM ESQUEMA DE SUA DISSERTAÇÃO, ANTES DE INICIÁ-LA!
Lembre-se: escreva palavras ou frases que forem aparecendo, só depois passe para o rascunho. Essa fase é apenas um roteiro para ser seguido.

MODELO
A)  Tese a ser defendida.
B)   Jogo das idéias – argumentos – não se esqueça, no final, de numerar as idéias pela ordem em que devem aparecer na sua redação.
C)   Destaque a palavra do roteiro que serve para concluir sua tese.

A pena de morte = tema
Roteiro – posicionamento – Lembre-se: Não fique em cima do muro!Por exemplo: contrário.
A)  Contra – não resolve
B)   1. direito à vida – religião
2. outros países – EUA
3. erro judiciário
4. classes menos favorecidas
5. tradição

c) Ineficaz – solução: erradicação da pobreza

Momento de escrever a redação.
Na introdução você se colocaria contra a pena de morte porque ela não resolve o problema do aumento da criminalidade do país.

No desenvolvimento você escreve os argumentos do direito à vida que todos têm, consagrado pelas religiões e cita que em países em que a pena de morte existe, como nos EUA não combateu a violência...de que pode haver erro judiciário que leve a matar um inocente, e, continua a classe dos menos favorecidos, no Brasil que não podem pagar bons advogados é que seriam mais atingidos e de que a tradição jurídica brasileira consagra o direito à vida repudiando a pena de morte.

Na conclusão – repita a idéia de que a tese de que a pena de morte é ineficaz e indique um norte para esse problema, no caso a criminalidade. Lembre-se: solução para tudo, nós não temos, mas é possível criar alguma sugestão que mostra um caminho a ser seguido sem gerar maiores transtornos. Uma solução para esse problema seria a erradicação da pobreza (miséria).


Você precisa demonstrar 5 pontos em sua dissertação

  1. Domínio da norma culta da língua escrita;
  2. compreensão da proposta;
  3. seleção, organização e interpretação de informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
  4. demonstrar conhecimentos dos mecanismos lingüísticos necessários para a construção da argumentação;
  5. elaboração da proposta de solução pára o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sócio-cultural.




Agora é com você! Bons treinos e muito sucesso!
Um beijão da professora Marcia Esbrana
Abaixo algumas dicas para treinamento
Concurso Público – Aplicação: 27/1/2002 // UnB/CESPE//Cargo: Agente da Polícia Federal
 Textos de base
             A sociedade organizada segundo os parâmetros do dinheiro e do trabalho, ao mesmo tempo que cria a figura do trabalhador, cria também a figura do vagabundo, do delinqüente, do trabalhador que não deu certo e que freqüentemente “esbarra” na lei, do criminosos em potencial. Essas são as pessoas que estarão mais sujeitas à perseguição e à punição. (Andréa Buoro et al . Violência urbana- dilemas e desafios)
                        Art.5º Todos são iguais perante a lei; sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade,à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
            III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
(Constituição da República Federativa do Brasil, 1988)

1.Proposta: considerando que as idéias apresentadas acima e nos textos da prova objetiva têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca do seguinte tema:
O combate à violência deve ser feito com imparcialidade e respeito ao ser humano.
2. Proposta: “A sociedade não é o retrato apenas de seus governantes, é o retrato de seus cidadãos, em destaque, de suas elites. É o nosso retrato, do Brasil todo, de todos nós”(Sérgio Abranches) – com fragmentos com caráter unicamente motivador. UnB ; CESPE –aplicação 10/10/2004 – cargo: Escrivão de Polícia Federal 
 3. Proposta: “Tomando como motivadores o texto inicial da prova objetiva de Conhecimentos Básicos e os excertos acima, redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca das vantagens de utilização da tecnologia na educação, em um contexto sociocultural em que é elevado o número de analfabetos. UnB /CESPE –aplicação 30/5/2004 – cargo Papiloscopista Policial Federal.
 4. Proposta: “ Redija um texto dissertativo, posicionando-se a respeito do seguinte enunciado: CONTRA FATOS, NÃO HÁ ARGUMENTOS. Em sua argumentação, refira-se, necessariamente, ao que expressam as figuras acima” . UnB / CESPE –aplicação 9/10/2004 – cargo: Perito Criminal Federal.

 5.CONTEXTO
O alvo errado do plebiscito
O Congresso discute a forma do plebiscito que pode proibir a venda legal de armas para civis. No entanto, números levantados por VEJA sugerem que o problema do comércio de armas clandestinas, a maioria contrabandeada, é estratosfericamente maior que o das vendas legais.
 ARMAS NOVAS VENDIDAS LEGALMENTE A PESSOAS FÍSICAS EM 2004 (o objeto de proibição do plebiscito) – 7219 armas.
 NÚMERO DE ARMAS ILEGAIS EM CIRCULAÇÃO NO PAÍS  - 8,7 milhões de armas.
 CUSTO MÍNIMO DO PLEBISCITO  - 200 milhões de reais. O valor é maior que toda verba destinada ao Fundo Nacional de Segurança Pública neste ano.
·         Além de civis, inclui a compra particular por policiais, promotores e juízes.
·         Estimativa com base no número de armas ilegais apreendidas pela polícia.

TEMA: Você é a favor ou contra a comercialização de armas no Brasil?



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Marcia Esbrana

Atividade - Desenvolva as idéias apresentadas, construindo frases adequadas:
A) Muitas pessoas que vivem em grandes cidades sonham com a vida no campo porque...

B) O jornal pode ser um excelente meio de conscientização das pessoas, a não ser que...

C) As mulheres vêm conquistando um espaço cada vez maior na vida social e política de muitos países, no entanto...

D) Muitas pessoas propõem a pena de morte como medida para conter a violência; outras, porém, ...

E) Muita gente acha que arte é dispensável, mas ...

F) Devemos lutar para a preservação do meio ambiente, pois ...

G) O lazer é necessário ao homem, no entanto...

H) Muitos são contra as pesquisas espaciais, porque ...

I) Geralmente os alunos acham dificuldade em elaborar uma dissertação, pois ...
2- Exercício - Com base no exemplo, desenvolva as frases apresentadas, colocando argumentos que apóiem as idéias expressas:
Exemplo:

Idéia central - A poluição atmosférica deve ser combatida urgentemente.
Desenvolvimento - A poluição atmosférica deve ser combatida urgentemente, pois a alta concentração de elementos tóxicos põe em risco a vida de milhares de pessoas, sobretudo daquelas que sofrem de problemas respiratórios.
A) A propaganda intensiva de cigarros e bebidas tem levado muita gente ao vício.

B) A televisão é um dos mais eficazes meios de comunicação criados pelo homem.

C) A violência tem aumentado assustadoramente nas cidades e hoje parece claro que esse problema não pode ser resolvido apenas pela polícia.

D) O diálogo entre pais e filhos parece estar em crise atualmente.

E) O problema dos sem-terra preocupada cada vez mais a sociedade brasileira.

FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE JAÚ
CURSO DE LETRAS - PRODUÇÃO DE TEXTOS
Prof. Maria Waldete de Oliveira Cestari
PARÁGRAFO
O parágrafo pode processar-se de diferentes maneiras:
- ENUMERAÇÃO
- Caracteriza-se pela exposição de um série de coisas, uma a uma. Presta-se bem à indicação de características, funções, processos, situações, sempre oferecendo o complemente necessário à afirmação estabelecida na frase nuclear. Pode-se enumerar, seguindo-se os critérios de importância, preferência, classificação ou aleatoriamente.
Exemplo: O adolescente moderno está se tornando obeso por várias causas: alimentação inadequada, falta de exercícios sistemáticos e demasiada permanência diante de computadores e aparelhos de tv.
Exercícios - No seu caderno , coloque a frase núcleo. Abaixo dela, apenas enumere os elementos que completarão a frase. Depois monte um parágrafo.
Exemplo: Devido à expansão das igrejas evangélicas, é grande o número de emissoras que dedicam parte da sua programação à veiculação de programas religiosos de crenças variadas.
Enumeração -
A) A Santa Missa em seu lar
B) Terço Bizantino
C) Despertar da Fé
D) Palavra de Vida
E) Igreja da Graça no Lar
1) Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o governo brasileiro diante de tantos desmatamentos, desequilíbrios sociológicos e poluição.
2) Existem várias razões que levam um homem a enveredar pelos caminhos do crime.
3) A gravidez na adolescência é um problema seríssimo , porque pode trazer muitas conseqüências indesejáveis.
4) O lazer é uma necessidade do cidadão para a sua sobrevivência no mundo atual e vários são os tipos de lazer .
5) O Novo Código Nacional de trânsito divide as faltas em várias categorias.

2- COMPARAÇÃO
- A frase nuclear pode-se desenvolver através da comparação, que confronta idéias, fatos, fenômenos e apresenta-lhes as semelhanças ou dessemelhanças.

Exemplo: “A juventude é uma infatigável aspiração de felicidade; a velhice, pelo contrário, é dominada por um vago e perrsistente sentimento de dor, porque já estamos nos convencendo de que a felicidade é uma ilusão, que só o sofrimento é real. “ (Arthur Schopenhauer)
Exercícios- A partir das frases abaixo, desenvolver parágrafos com comparações.
1) A tensão do futebol é igual à tensão da vida.
2) Uma coisa é escrever como poeta, outra como historiador.
3) Assim como as palavras, as expressões fisionômicas também têm a sua linguagem.
4) Indubitavelmente, o vestibular pode ser comparado a uma angustiante corrida de obstáculos.
5) Comparando-se o antigo Código Nacional de Trânsito com o atual, percebe-se claramente que a lei exige mais responsabilidade do motorista.
“Se é praticando que se aprende a nadar,
Se é praticando que se aprende a trabalhar,
É praticando que se aprende a ler e a escrever.”
(Paulo Freire, in A importância do ato de ler)

“ler é mais importante do que estudar”
(Ziraldo e Cleide Pereira Gomes)

“... se a escola desenvolver o gosto e hábito pela leitura terá cumprido seu papel”.
(Carlos Cagliari, Ruben Alves e Cleide Pereira Gomes)

"O acesso livre à informação é um exercício de liberdade que se desdobra infinitamente. No conhecimento não há nada definitivo, nem o professor e nem os livros. Tudo está para ser reescrito, constantemente." ( MILANESI, Luís, in O que é Biblioteca. São Paulo: Brasiliense)

Objetivo da Língua Portuguesa: ler e produzir diferentes gêneros textuais - orais, escritos, verbais e não verbais, nas diversas situações sociocomunicativas - formais e informais.          (PCN/Referencial/Gestar II - sociointeracionista)

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